Brasão - Prefeitura de Barretos

Fundação

O casal de fundadores desejava doar uma quantia de terras ao Divino Espírito Santo, para que fosse erguida uma capela para serem celebrados os ofícios cristãos que eram realizados na cidade de Jaboticabal, pois o Arraial dos Barretos, pertencia àquele curato.

Assim, os filhos, genros e noras de Francisco José Barreto, seis anos após sua morte doaram62 alqueires da Fazenda Fortaleza e Simão Librina e seus familiares mais 20 alqueires da fazenda Monte Alegre.

Antônio Leite de Moura, um dos poucos alfabetizados existentes no lugarejo, lavrou uma escritura ‘‘de mão’’ oficializando-se a intenção de todos, em 25 de agosto de 1854. Esta escritura é considerada o principal documento da história de Barretos, uma espécie de certidão de nascimento. Essa data, portanto, é considerada o dia da fundação da cidade.

Em 1856 foi erguida a primeira capela: uma edificação tosca, rudimentar, de pau-a-pique, onde hoje localiza-se o Banco Brasileiro de Descontos - Bradesco, na Praça Francisco Barreto. Lá eram realizados os casamentos, batizados e outros ofícios da Santa Igreja, celebrados pelos padres provindos de Jaboticabal ou Frutal.

No pequeno lugarejo, os habitantes dedicavam-se ao sapateado e ao palmeado da catira, à caça e à pesca, e às cantigas e às modas de viola.

No inverno de 1870 um frio intenso assolou o lugarejo, cobrindo-o com espessa camada de neblina. A “geada brava” dizimou campos e matas. Diz a lenda que no mesmo ano, em 24 de agosto, uma fagulha deu origem ao maior incêndio já visto por estas paragens: o “fogo bravo”, um incêndio de proporções infernais. O fogo teria devorado as matas anteriormente ressequidas desde o Rio Pardo até o Grande.

A existência do “fogo bravo” ou pelo menos sua extensão é questionada por historiadores, já que não há referência a ele nas cidades vizinhas. Mas, independente da veracidade deste detalhe, o fato é que Barreto se desenvolveu rapidamente na década de 1870 devido a vinda de comerciantes de gado, em busca de pastagens na região.