BARRETOS
Crescimento
Por volta de 1881, o coronel João Carlos de Almeida Pinto, agitador de primeira grandeza, companheiro de lutas de Campos Sales, Glicério e Bento Quirino, fundou o Partido Republicano no município, denominado “Grêmio Republicano Francisco Glicério”.
Almeida Pinto foi muito além e alcançou grande prestígio, quando providenciou para que os sete eleitores de Barretos votassem no candidato de seu partido nas eleições de 10 de dezembro de 1884 e 9 de janeiro de 1885 quando concorreram à vaga no Parlamento Imperial para ocupar o cargo de Deputado Geral Prudente José de Morais Barros, pelo Partido Republicano, e Costa Pinto pelo Partido Monarquista.
Em 1885 foi criada a Vila de Espírito Santo de Barretos. Almeida Pinto trabalhou muito pela criação do Município de Barretos e em 10 de março do mesmo ano, através da Lei de N0. 22, da Assembléia Provincial, alcançou finalmente seu intento.
Passados alguns anos, em 26 de novembro de 1890, o coronel. Raphael da Silva Brandão, dirigindo-se a São Paulo, serviu como portador de uma carta de Almeida Pinto a Alfredo Elis, na qual solicitava apoio para a criação da 65ª Comarca do estado, a Comarca de Barretos, o que foi conseguido através do Decreto 98 do Governo Provisório da República, datado de 6 de novembro de 1890, com divisas já estabelecidas desde 1876, sendo a mesma instalada em 7 de janeiro de 1891.
Somente após a instalação da Comarca é que houve a primeira eleição para a Câmara de Vereadores em Barretos. Os próprios vereadores é que escolhiam quem deveria administrar a cidade e o escolhido era nomeado intendente municipal. O primeiro intendente escolhido foi Raphael da Silva Brandão, que administrou a cidade no período de 1892 a 1894.
A partir do ano de 1891, os limites do imenso território que pertencia a Barretos, a partir do norte do estado, e esgueirando-se em sentido noroeste, passaram a sofrer mutilações, acarretando grande insatisfação a todos moradores.
Através da Lei de N0. 87, datada de 6 de setembro de 1892, foi criado o Distrito de Paz de Bebedouro, desmembrado do território de Barretos e anexado ao de Jaboticabal.
Através da Lei Municipal, datada de 8 de janeiro de 1897, a Comarca de Espírito Santo dos Barretos é elevada à categoria de cidade.Intensificada pela ferrovia que chegou no início do século XX, a imigração européia que miscigenou todo o interior de São Paulo com os nativos também foi marcante em Barretos. Sobretudo pelas colônias italiana, japonesa e árabe, atraídas pelas lavouras de café, e posteriormente pela pecuária, agricultura diversificada e pelo forte comércio regional. Desta forma, a população foi composta por 70% de moradores de origem mineira e 30% de paulistas vindos de outras regiões, imigrantes japoneses, italianos, sírios, espanhóis e alemães, entre outros.